Quem somos
O Instituto A Mulherada é uma organização feminista negra com mais de 2 décadas de atuação na cidade de Salvador – Bahia, fundada e conduzida por mulheres negras e pardas. Com sede na periferia da cidade, o Instituto nasce do desejo coletivo de transformar a realidade social por meio da arte, cultura, educação popular e enfrentamento às desigualdades estruturais.
Nosso trabalho tem como base os princípios do feminismo negro interseccional, atuando com foco em gênero, raça, classe e sexualidade, com atenção especial às mulheres negras, pessoas LGBTQIAPN+ e comunidades periféricas.
Acreditamos em soluções construídas de dentro para fora, a partir das vivências e saberes de quem sente na pele os efeitos das múltiplas opressões.
Missão
Promover justiça social, equidade de gênero e racial, através da valorização da cultura negra, do fortalecimento comunitário e da garantia dos direitos humanos para mulheres negras e populações marginalizadas.
Princípios
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Liderança comunitária e negra
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Confiança nas bases
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Escuta ativa e acolhedora
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Segurança, acessibilidade e cuidado coletivo
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Promoção de autonomia e liberdade
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Uso da arte como ferramenta política, identitária e de cura
Estrutura Organizacional
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Diretoria composta integralmente por mulheres negras e pardas
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Cargos: Presidente, Diretora Administrativa, Diretora Sociocultural, três Conselheiras Fiscais
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Decisões tomadas de forma coletiva em reuniões presenciais e online
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Contabilidade gerida conforme as normas legais por profissional habilitada
Projetos em Destaque
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Tambores pelo Fim da Violência
Uso da percussão e da dança afro-brasileira como ferramenta de empoderamento, denúncia da violência de gênero e valorização da cultura negra. -
Cultura Entrelaçada Preta
Oficinas de música, dança, teoria e percepção musical, acessórios e adereços de blocos Afros e identidade para juventudes negras e LGBTQIAPN+ da periferia, promovendo autoestima, formação política e geração de renda. -
Mulheres do Vento, Mulheres do Tempo
Livro publicado em 2006 com a história de 100 mulheres negras baianas, valorizando a ancestralidade e o protagonismo feminino negro. -
Inauguração da Estátua de Zumbi dos Palmares na Praça Sé , resultado de projeto aprovado no âmbito do Ministério da Cultura em 2008
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Rodas de Conversa Temáticas
Mensalmente promovemos rodas sobre direitos humanos, racismo, direitos das mulheres, intolerância religiosa e assédio, em formato de escuta sensível e não julgadora. -
Desfiles de Carnaval ( Fuzuê, Furdunço, Circuito Dodô, Osmar e Mãe Hilda )
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Bandas Percussiva e Show
Redes e Articulações
Participamos ativamente de movimentos e articulações, como:
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Rede de Mulheres Negras do Calafate
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Editais públicos como Territórios Criativos (Prefeitura de Salvador)
Monitoramento e Participação da Base
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Avaliações com formulários e depoimentos em vídeo
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Interação direta via redes sociais
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Acolhimento das demandas por meio das rodas de conversa e escutas coletivas
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Atuação orientada pelas experiências e necessidades das pessoas atendidas
Desafios e Propostas para o Futuro
Apesar de nossa sólida trajetória, enfrentamos desafios como:
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Baixo financiamento contínuo
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Limitações na estrutura física (sede pequena ou improvisada)
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Ação voluntária por falta de recursos para contratação
Planos Futuros
✅ Criar dois novos núcleos estruturantes:
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Núcleo de Advocacy: atendimento multidisciplinar e apoio jurídico-social para defesa de direitos
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Núcleo da Mulher Empreendedora: capacitação, geração de renda e autonomia financeira para mulheres negras da periferia
✅ Ampliar nossa sede — alugando ou adquirindo um espaço permanente
✅ Reforçar a equipe técnica, garantir segurança, cuidado e estabilidade operacional
✅ Consolidar nosso papel como referência do feminismo negro no território